Na manhã do dia 24 de julho, os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) das Estratégias Saúde da Família (ESF) de Ponte Nova, Minas Gerais, participaram, no auditório do Sindicato Rural de Ponte Nova, da capacitação “Violência de gênero: como notificar?”.

A capacitação foi ministrada pela mestranda Nayara Rúbio Campos, aluna do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente da FADIP, como produto educacional de seu trabalho de pesquisa, intitulado “Perfil dos Agentes Comunitários de Saúde do Município de Ponte Nova – MG e suas atitudes frente à suspeita ou detecção de casos de violência de gênero”.

Nayara citou como fator de destaque da pesquisa a falta de conhecimento pelos ACS’s da “Ficha de Notificação de Violência Interpessoal/Autoprovocada”, instrumento incorporado ao campo da saúde coletiva desde 2004, capaz de dimensionar os casos de violência, e que permite estimar a necessidade de investimento nas redes de proteção.

A capacitação teve inicio com a entrega de uma cartilha confeccionada pela mestranda em conjunto com sua orientadora, Profa. Dra. Lorena Souza e Silva, e com o coorientador, Prof. Dr. Luiz Gustavo Santos Cota. Logo após houve uma reflexão acerca do papel dos ACS’s na comunidade, norteada pela frase da autora Márcia Valéria Morosini: “Só no âmbito do SUS a profissão do Agente Comunitário de Saúde faz sentido”.

Nayara apresentou os resultados da pesquisa e realizou dinâmicas interativas com o público: “O que é gênero para você?” e “Distribuindo papéis”. Houve também a reprodução do vídeo “Abuso em público: violência contra a mulher” e a apresentação de estatísticas sobre a violência contra mulher e contra a comunidade LGBTI+.

Para o encerramento da capacitação foi realizado um exercício de estudo de caso sobre uma situação de violência, alvo da ficha de notificação compulsória. Os ACS’s puderam realizar na prática o preenchimento da ficha, sendo orientados através da cartilha desenvolvida a partir da pesquisa.

O encontro contou com a participação de 61 agentes comunitários de saúde e contribuiu para o conhecimento e preparo destes profissionais, visando melhor acompanhamento dos casos de violência, com atendimento humanizado e oportuno por parte destes profissionais, tendo eles papel fundamental na organização da assistência à saúde.

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